sábado, 14 de março de 2009

Dia Nacional da Poesia


Quem não gosta de poesia? Afinal ela é expressa em diversas maneiras podendo agradar até os corações mais endurecidos, manifestando-se em diversos tipos.

A poesia social retratando as questões políticas e sociais certamente já serviu de inspiração a muitos revolucionários; a existencial é sem dúvida uma das mais próximas de todo mortal, por falar de nossas experiências de vida, nossas angústias, velhice, solidão...; e por fim a lírica que traduz toda emoção do autor. Seja como for, a poesia faz parte da vida da gente.

E essa data foi criada em homenagem a um dos grandes nomes da nossa poesia Antônio Frederico de Castro Alves, justo na data de seu aniversário, 14 de março.
Castro Alves ficou conhecido como o “poeta dos escravos”, pois lutou grandemente pela abolição da escravidão. Além disso, era um grande defensor do sistema republicano de governo, onde o povo elege seu presidente através do voto direto e secreto.

Cursou direito na faculdade do Recife e teve grande participação na vida política da Faculdade, nas sociedades estudantis, onde desde cedo recebera calorosas saudações. Castro Alves era um jovem bonito, esbelto, de pele clara, com uma voz marcante e forte. Sua beleza o fez conquistar a admiração dos homens, mas principalmente as paixões das mulheres, que puderam ser registrados em seus versos, considerados mais tarde como os poemas líricos mais lindos do Brasil.
Então nesse dia de poesia, inspirem-se e aproveitem para expressar todo seu sentimento, seja ele qual for. E como não poderia ser diferente, aqui vai uma bela poesia deste que inspirou esta data.


Fé, esperança e caridade
Eram três anjos - e uma só mulher
QUANDO A INFÂNCIA corria alegre, à toa,
Como a primeira flor que, na lagoa,
Sobre o cristal das águas se revê,
Em minha infância refletiu-se a tua...
Beijei-te as mãos suaves, pequeninas,
Tinhas um palpitar de asas divinas...
Eras - o Anjo da Fé! ...

Depois eu te revi... na fronte branca,
Radiava entre pérolas mais franca,
A altiva c'roa que a beleza trança!...
Sob os passos da diva triunfante,
Ardente, humilde, arremessei minh'alma,
Por ti sonhei — triunfador — a palma,
Ó — Anjo da Esperança!... —

Hoje é o terceiro marco dessa história.
Calcinado aos relâmpagos da glória,
Descri do amor, zombei da eternidade!...
Ai, não! - celeste e peregrina Déia,
Por ti em rosas mudam-se os martírios!
Há no teu seio a maciez dos lírios...
Anjo da Caridade!...

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