quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Sobre a política...

A política é sem dúvida uma "arte" instigante. Quem gosta, gosta. Quem simpatiza, simpatiza. E há os que odeiam. Me sinto mais a vontade no meio termo, nem tanto aos céus nem tanto à terra. Já estive envolvida com militância, com o trabalho político particular, com a observação, com algumas iniciativas por simpatia enfim, e já até cogitei uma possível candidatura. Aí eu penso, penso, penso e de repente me deparo com opiniões como a hoje, que li na revista Administradores no artigo de Stephen Kanitz - A Ilusão do Poder , onde ressalta a falta de preparo dos políticos no país e o quanto a briga pelo "poder" torna os serviços cada vez mais ineficientes e reforça a velha teima de que o poder público é lento e incompetente.

"... nossos governos de, 1964 para cá, foram administrados por professores universitários, teóricos, bons de fala e bons escritores de artigos em jornal..."
"...por isso não entendo como tantos intelectuais lutam pra ter governos cada vez maiores e máximos, em vez de governos enxutos e eficientes."


"...O poder é afrodisíaco para quem é incompetente."


"...São gestores que gesticulam, não administradores que administram.Eles só precisam decidir quem está propondo a melhor ideia, e muitas vezes nem isto sabem fazer."


"...por outro lado, pessoas que veem o poder como forma de aparecer, que gostam de ser bajuladas por puxa sacos, que adoram os holofotes do cargo público, estes de fato acham-no afrodisíaco e só pensam em voltar."


Pra quem ler o artigo inteiro, e olhar pra dentro do estado do Amapá vai certamente enxergar inúmeros personagens  que compõe este cenário. É a briga desordenada e louca pelo poder, misturado com o embrólio de "gestores" que não sabem o que fazem nos cargos que ocupam, e a incansável briga pela perpetuação em cadeira amapaense de gente que não larga o osso daqui, sabe-se lá porque cargas d'agua.
É a briga ensandecida do poder pelo poder quando se leva às instâncias municipais. Enquanto boa parte das cadeiras sai à briga pela "cadeira" a banda passa e a população fica sem entender que música toca.

Ótimo artigo, com algumas controversias, afinal não há um todo sem as partes.
Quem sabe um dia...