TATIANA COSTA
Na Era Industrial o foco das organizações era estritamente na produção, na obtenção de lucros e na relação ganha-perde. As pessoas eram meros empregados assalariados, máquinas de produzir. O mundo evoluiu e as relações nas organizações foram invertidas. Hoje na Era da Informação o que prevalece é o capital intelectual, as relações humanas, pessoas administrando com pessoas. Organizações começam a perceber que não há como atingir seus objetivos sem depender das pessoas que a constituem e a relação passa a ser a do ganha-ganha. Daí a presença cada vez mais forte da Gestão de Pessoas nas organizações como intermediadora da relação organização x colaboradores.
Palavras – chave: Pessoas. Organizações. Gestão. Objetivos. Colaboradores.
Conceituar a Gestão de Pessoas exige a análise de inúmeros fatores dentro de uma organização. Não se pode simplesmente inventar uma Unidade de Gestão de Pessoas sem levar em consideração a estrutura organizacional, a cultura, as características, os processos e principalmente todas as pessoas que compõem a organização.
Com a globalização da economia, empresas têm mudado suas estratégias a fim de tornarem-se cada vez mais competitivas. Dentro da Era da Informação, as organizações foram forçadas a mudar seu comportamento e sua visão com relação às pessoas a fim de cumprir sua missão organizacional. Com isso, os termos empregabilidade e empresabilidade estão na bola da vez, de um lado a capacidade das pessoas em conquistar e manter seus empregos e, de outro, a capacidade das empresas em desenvolver e utilizar as habilidades intelectuais e capacidades competitivas dos seus membros. Assim, a relação de dependência mutua entre as pessoas e a organização fica ainda mais evidente, na hora de atingir seus objetivos e missão.
Nota-se claramente a importância do ciclo do processo produtivo, onde as partes deixam de ser vistas como parte e passam a englobar o todo das relações, agora chamadas de parcerias. Onde os fornecedores entram com matérias-primas, insumos básicos, os empregados com seus conhecimentos, capacidades e habilidades, proporcionando as decisões mais assertivas que dinamizam a organização. E os clientes e consumidores que contribuem para a organização, adquirindo seus produtos ou serviços colocados no mercado. Todos com o objetivo do retorno sejam financeiros, de satisfação pessoal, etc.
Contabilizar as pessoas como patrimônio físico da organização, não faz mais parte do cenário das empresas que desejam ser bem sucedidas. Daí a necessidade de “humanizar” as organizações tornando-as mais conscientes e atentas aos funcionários.
E é como disseminador de políticas e práticas definidas pela organização que a Gestão de Pessoas surge com o papel orientador do comportamento humano e das relações organizacionais. Proporcionando a colaboração eficaz das pessoas, a fim de alcançar os objetivos organizacionais e individuais. No entanto, vale ressaltar que é a maneira como a unidade em questão trata seus colaboradores, que pode levar ao fortalecimento ou ao enfraquecimento das forças e fraquezas de uma organização. Por isso, se faz necessário que pessoas sejam tratadas como pessoas, e não como meros executores de tarefas.
Isso envolve diretamente os diversos objetivos da Gestão de Pessoas, entre os quais proporcionar a competitividade à organização, com pessoas bem treinadas e motivadas, aumentando a auto-atualização e satisfação desses colaboradores no trabalho, mantendo e desenvolvendo a qualidade de vida (QVT), sendo ainda capaz de administrar e impulsionar mudanças tanto nas pessoas como na organização, sem deixar de lado a ética e o comportamento socialmente responsável.
Diante de tantos objetivos a Gestão de Pessoas possui diversas atividades integradas, o que a torna um conjunto integrado de processos que precisam ser dinâmicos e interativos.
De maneira que consigam cumprir seu papel de agregar pessoas através de recrutamento e seleção. E posterior a isso, o processo de aplicar pessoas à organização é de fundamental importância na hora de inserir o indivíduo no contexto organizacional, pois é aí que ele toma conhecimento com o desenho de suas atividades, aquelas que realizará na organização de forma orientada e acompanhada e avaliada pela Unidade de Gestão de Pessoas.
E no complemento das avaliações cabe ainda a UGP incentivar e satisfazer as necessidades individuais das pessoas, através de recompensas, remuneração, além de outros benefícios. Tornando eficaz o desenvolvimento das atividades executadas, por meio da satisfação pessoal.
Por muitas vezes os processos interligam-se também na satisfação de cada um, que muitas vezes esperam um reconhecimento através de investimentos feitos em desenvolvimento profissional, como capacitações, treinamentos, e participação em programas de desenvolvimento. Desenvolver pessoas vai muito além de desenvolver competências. Pois surgem ainda os processos necessários à criação de condições ambientais e psicológicas dentro dessas atividades desenvolvidas.
Para isso a cultura da organização, o clima, a disciplina higiene e segurança, devem estar inseridos e correlacionados na obtenção de satisfazer essas necessidades. Somente assim, mantendo os processos interligados de forma equilibrada, bem planejados, e controlados é possível compatibilizar as necessidades organizacionais e individuais. Alcançando os resultados finais desejáveis.
Dessa forma a Gestão de Pessoas desempenha um papel importantíssimo dentro das organizações nessa nova era de globalização, onde o capital humano passa a ser a principal moeda de troca para o sucesso de empresas visionárias que pretendam se destacar no mundo dos negócios. Do mesmo modo, funciona para o profissional que precisa entender seu papel nesse novo ciclo, sem deixar de entender que as correntes do sucesso estão interligadas entre todos os que integram esse circulo cheio de processos humanos.
REFERÊNCIAS
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas. 2. ed. Ver.e ampl. São Paulo: Elsevier, 2005. p. 4-10.
