domingo, 26 de junho de 2011

O trabalho dignifica e danifica o homem

O ditado “o trabalho dignifica o homem”, valida o trabalho como uma ferramenta que contribui para o desenvolvimento do bem-estar pessoal e da felicidade. Mas o vulgo popular que diz que “o trabalho danifica o homem” hoje faz parte da realidade da maioria dos trabalhadores do mundo inteiro. Pois com o advento da globalização, da rapidez com que as informações se difundem, e a necessidade de acompanhar as necessidades e mudanças do mercado, trás os profissionais aos primórdios das dezesseis horas diárias de trabalho, que muitas vezes ainda acrescem pelo menos mais quatro.


No entanto, essa necessidade de acompanhar a rapidez com que as coisas acontecem, acaba por trazer a tona a discussão que antes era tratada separadamente o bem-estar e o trabalho. Dois pontos cruciais que não mais são capazes de se separar, e que força as empresas a se prepararem para “cuidar” de seus colaboradores caso queiram chegar a um diferencial produtivo e resultados satisfatórios.

Chega a ser assustador o percentual de profissionais que revelam ter problemas com estresse, segundo a consultoria CPH Health dos 194 mil entrevistados, 49,2% afirma sofrer desse mal.

Considerar que pessoas são diferentes em seu ambiente de trabalho do que são em seus outros locais de comunicação social como família e amigos, é tolice. O ser humano é um só, com um só corpo, uma só cabeça. Embora seja capaz de fazer com que esse mesmo corpo e essa mesma cabeça desenvolva um grau de absorção de informações muitas vezes além do normal, sem se dar conta do tamanho do problema que pode estar enfrentando, quando o assunto é sua saúde física e mental. Afinal a maioria desses profissionais que passam a maior parte do seu tempo no trabalho, ou trabalhando, certamente engrossa a cada vez mais a camada do número de sedentários dos grandes centros.

Por isso, empresas que mantém o hábito apenas de cobrar, de fazer pressão por resultados, devem estar atentas aos tipos de incentivos que oferecem a seus colaboradores. Pois não saber conduzir a relação de reciprocidade com esses profissionais pode trazer problemas não só para seus colaboradores como também para as empresas, que acabam por ter em seus quadros pessoas agressivas e estressadas capazes de minar todo o ambiente de trabalho. Além do que esse tipo de organização pode estar perdendo verdadeiros talentos, pra organizações que já trabalham questões como o bem-estar social dentro e fora do ambiente organizacional. Fazendo com que os melhores profissionais sejam valorizados e sintam-se cada vez melhor fazendo aquilo que gostam e sabem fazer, afinal salários bem pagos não são mais a principal arma para se reter pessoas com taletos.

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