Intituído pelo Presidente Getúlio Vargas através de um Decreto, em 24 de fevereiro de 1932, o voto feminino passou a valer com algumas restrições, como por exemplo, apenas as mulheres casadas, as viúvas e as solteiras que possuissem renda própria, é quem poderiam exercer seu direito de voto. No entanto, ter assegurado o direito ao voto, não lhes garantia o direito a cidadania, ou seja, não poderiam envolver-se de maneira alguma na política de Estado.
Foi apenas em 1946 que o voto feminino tornou-se obrigatório para as mulheres, que passaram a ser inclusas no sistema eleitoreiro sem restriçoes ou condições.
A primeira eleitora do Brasil foi a potiguar Celina Guimarães Viana. E Mietta Santiago, Mineira educada fora do Brasil,que em 1928 conseguiu a partir do decobrimento do artigo 70 da Constituição de 1891 (em vigor) , que o veto ao voto da mulher era inconstitucional, e assim com a garantia dada através de uma sentença judicial (fato inédito no país , àquela época) conseguiu o direito ao voto, e votou em si mesma para uma vaga de deputada federal, não sendo eleita, é claro. Com esse feito, Carlos Drummont de Andrade dedica a Mietta o poema "Mulher Eleitora".
Assim viera surgindo outras centenas de conquistas da mulher. E mesmo assim em pleno século XXI, as mulheres ainda encontram dificuldades de serem inseridas na política.
Mas as eleições estão às portas, e pela primeira vez vamos poder apreciar um cenário político com tantas mulheres candidatas, e a um posto certamente muito disputado entre os homens, o da Presidência da República.
Pois que venham as mulheres! Com seus batons, sutiãs, cintas-liga e uma inteligência sutil e brilhantemente capaz.
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