Na última sexta-feira, tive um leve "piri-paque" por conta da minha vida acelerada, e o meu médico disse: ou você desacelera, ou você vai viver passando mal!.
Então, seguindo as sábias palavras do médico, fui atrás do que fazer pra distrair um pouco. E lembrei que o cinema ainda existe, e o quanto eu gosto de ver filmes no escurinho do cinema.
Bem, sempre que pensei em ir ao cinema em cima da hora, me vinha logo a cabeça: putz, não comprei os ingressos antes, e vou pegar aquela fila!!
Chegamos na hora certinha que começava o filme. Tranquilidade total, sem filas e sem estresse. Masssss, ainda compramos a pipoca, o refrigerante, o chocolate, e o filme começou um pouquinho depois.
E aí, até entrarmos na sala de vídeo, não entedemos porque ainda não havia começado. E pra nossa surpresa, éramos os donos do cinema. Por alguns segundos pensei que estava em casa.
Apenas eu e o Diniz na sala!
Fiquei estarrecida. E nessa hora bate a revolta, por não entender como ainda tem tanta gente que não tem acesso ao entretenimento, a um momento de alegria, a muita risada, a cultura.
E na cabeça medíocre de um "empresário" é preferível pagar pra manter a estrutura para atender um só casal, do que fazer uma promoção pra atrair mais pessoas, mesmo que pagando menos. 'E lamentável!!
Acredito que se criarmos nas crianças o hábito de ler livros, ir ao cinema, ao teatro, ou simplesmente ensinar-lhes a tocar uma flauta, certamente sua maturidade será muito mais leve e feliz.
O que falta pro povo é acesso, é conhecer, depois disso, é uma questão de gosto. E certamente há muita gente a se encantar pelo cinema.
Espero conseguir por em prática pelo menos metade dos meus sonhos, pra ver ainda essas crianças e também os adultos, com um pouco mais de opção, com um pouco mais de alegria.
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