terça-feira, 15 de setembro de 2009

Da comodidade a banalização da violência

Em menos de quinze dias tive noticias de cinco casos de violência que podemos chamar de hediondas. Sendo três em Santana e dois em Macapá. Pelo menos, três desses casos repercutiram na imprensa local. E os outros correm apenas entre os mais conhecidos das vítimas.

Crimes incluindo quadrilhas organizadas com assaltos a pessoas conhecidas homens e mulheres, abordadas estrategicamente na porta de bancos, e deixados como bichos a beira de valas com os corpos violentados pela brutalidade. São quadrilhas que pesquisam sobre a vida da vitima, calculando minuciosamente cada passo.

Dois desses crimes foram muito parecidos, em bancos, com seqüestro e posterior extermínio da vitima de forma brutal. E todos sem deixar nenhuma pista.

O terceiro envolvendo uma mulher de mais ou menos 38 anos, seqüestrada e violentada para entregar o cofre da empresa onde trabalhava. Sem sucesso, e com um pouco mais de “sorte”, se é que assim podemos dizer, foi abandonada ainda viva na estrada.

O quarto e talvez um dos mais chocantes,foi o da senhora de setenta anos, que foi estuprada e teve a garganta cortada por moleques de rua drogados.

E por ultimo, caso de um casal de vendedores ambulantes, que após suas vendas, resolveu entrar em uma boate em Santana para ver como estava o movimento, e teve as duas senhoras ( que estavam acompanhadas de seus maridos), espancadas por um grupo de molecas desocupadas e porres , entre elas duas menores, que por engano, começou a agredi-las.

São casos assim que me fazem pensar todos os dias o quanto já nos acomodamos com a violência e o quanto ela é banalizada quando acontece apenas aos nossos arredores e não conosco.

Aquele caso de Heliópolis em São Paulo, é um caso atípico. Foi a população gritando por socorro, exigindo JUSTIÇA. Foram pais e mães de família incendiando carros, enfrentando policiais, chamando a atenção da opinião pública para a violência abusiva que se instaurava no bairro – eram 5 mortes em três meses.

Tá na hora de abrirmos os olhos e, pelo menos, tentar dar um basta em tanta violência, exigindo cada vez mais de nossos governantes.

Ter conhecimento de tantos casos bárbaros aqui no estado, é preocupante, pois ainda não alcançamos um nível de desenvolvimento dos grandes centros, onde esses índices são alarmantes.

Nós que detemos algum conhecimento e algum poder de “briga” através dos meios de comunicação, temos que dar o ponta pé inicial, chamando as autoridades e a opinião pública a se manifestarem, para que esses tipos de “história” não sejam justificativas para o crescimento do estado e dos municípios, e por isso ficarem impunes.

2 comentários:

Anônimo disse...

SOBRE A BRUTALIDADEQUE ANDA POR AI, eu aqui em Cayena fiquei chocada com o assassinato de meu sogro ao sair do banco, brutalmente assassinado com requintes de crueldade, nao respeitam nem mesmo a idade dele "79" anos
espero com muita fé em DEUS que esses marginais paguem pelo que fizeram

Tatiana Costa disse...

é o que todos esparamos. que os crimes acontecidos, tenham uma resposta das autoridades. Nao dá pra se acomodar e se acostumar com isso.