Estava eu parada numa esquina dessas do centro, monitorando um serviço que estamos prestando na Agência e de repente me peguei conversando com o Dono da esquina. Um senhor de barba e cabelos longos e brancos, de 68 anos, que falava muito bem e de repente começou a me contar sobre sua vida. Enquanto isso, ele amarrava ao poste suas muletas e seu guarda sol. Entre uma olhadela no serviço e outra nele, percebi que enquanto conversava comigo ele pedia esmolas com um chapéu em uma das mãos estendidas. Aquele distinto senhor, em nenhum instante me fez qualquer pedido, mas me fez sair de lá com suas sábias palavras, que apenas hoje, um dia depois, eu soube que tinha esmolado dele.
“ninguém sabe das verdades da vida do outro até que as conheça pelo próprio ator”
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