segunda-feira, 27 de julho de 2009

Saudade que a clonagem não vai curar

Sempre me perguntei se algum dia as pessoas vão se acostumar com a morte. Se haverá uma manhã em que alguém comentará sobre a perda de um amigo, parente ou conhecido sem se sentir sorumbático.

Ontem enquanto enxugava as lágrimas do meu rosto, vivendo na pele a perda de meu avó paterno, do qual não pude me despedir por estar aqui. Meu marido dizia que talvez um dia, quando fosse possível a clonagem humana nós falaríamos da morte naturalmente, pois seria fácil de acreditar que as pessoas que perdemos, na verdade não mais se perderiam de nós.

Infelizmente não consigo acreditar nisso. Porque na verdade, já tratamos da morte como normal, como “da vida”. Ironicamente, não sentimos pela morte. Uns até acreditam em Deus, no paraíso, na reencarnação, outros simplesmente desacreditam, e assim vamos suportando a idéia de morrer.

Acho que a clonagem humana nada mais do que a robótica humanizada. Quem veio aqui viver, e depois partiu, jamais estará nesta mesma vida de novo, do mesmo jeito. O corpo e a essência vivem juntos até morte, depois é cada um pra um lado. É e disso que sentimos saudade. E é com isso, que acredito que não vamos nos acostumar. Não ter mais por perto alguém que amamos, não poder ir ao seu encontro quando essa saudade apertar. Não poder olhar nos olhos e dizer tudo aquilo que a maioria de nós só passa a dar valor depois que não pode mais fazer.

Ainda bem que eu aprendi a amar com meu avó e sempre pude dizer o quanto o amava. Porque ele praticou esse amor com todos os netos, comigo a mais velha deles, e também com a mais recém bisneta, minha filha.

Seu Fernando Belo foi um homem forte, de opinião, autoritário típico militar, mas doce como um sorriso de criança. Enquanto pôde, visitava todos os filhos saindo de casa às seis da manhã para levar frutas e pães para os netos. Contou histórias, cantou músicas, fez rir e fez chorar. Teve defeitos, ainda bem, pois foi com eles que seus filhos aprenderam na vida. E as qualidades, os netos puderem viver.

Não sei se consigo falar por alguém, mas amo avô, como o bom avô que ele foi pra mim. O resto, só cabe a quem viveu.

Esta foto, foi no nosso último encontro, há um mês, quando minha filha fazia seis meses. E mesmo já combalido pelas mazelas da vida, ele cantou pra ela. E essa é uma das lembranças que me fará chorar de saudades, assim como todas aquelas que eu vivi a seu lado.

Meu avô, que Deus ilumine seus caminhos por onde quer que o senhor passe nessa nova jornada. Te amo!


sexta-feira, 24 de julho de 2009

Procura-se

Procura-se uma babá desesperadamente!!

É imprescindível conhecer os seguintes verbos e seus significados:

Amar, cuidar, tolerar, brincar e doar.

É necessário também ter disposição para:

Aprender e entender.

Além claro, de saber que tudo tem conseqüência.

E que o ditado: “Quem meus filhos beija, minha boca adoça” funciona muito bem.

Mas que o ditado: “Quem com o ferro fere com o ferro será ferido”, também.

Enfim, se você se encaixa nesse perfil, mande uma carta para o país das mães desesperadas que precisam trabalhar, rua do impossível confiar totalmente, sem número.


P.S: As minhas leitoras que são mães, sabem muito bem o que quero dizer.
Sou uma mãe desesperada por uma babá confiável, pois a minha, ou melhor a da Talita, está voltando pra casa dela, afinal, ela também tem uma filha que deixou para que outra pessoa cuidasse, só para vir me ajudar nesse primeiro mês, e não é justo pedir que ela fique mais um pouco.

Ahhhhh, eita fase que eu queria pular, essa de deixar minha princesa em casa.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Tô dando a rosca por um real!!

Tô com a rosca pegando fogo!!

Quem vai comer a minha rosca?

Você teria coragem de sair gritando assim na rua?


Pois é! É assim que o nordestino cabra da peste Erisvaldo Correia dos Santos de 36 anos, está ganhando a vida no Rio de Janeiro.


Um exemplo de luta e trabalho, Erisvaldo chegou ao Rio de Janeiro sem ter onde morar e nem o que comer.E foi tentar a vida empurrado pela necessidade e com pouco dinheiro que tinha investiu em vender coco gelados pelas ruas do Rio. Assim conseguiu mais dinheiro para produzir rosquinhas, e encontrou uma oportunidade na mesmice dos alimentos oferecidos pelas lanchonetes e bares.


Com uma visão de empreendedor, resolveu oferecer a esses estabelecimentos um lanche rápido e diferenciado.

E seu jeito descontraído de oferecer seu produto chamou a atenção, e o fez o homem famoso, transformando-o cada vez mais num homem de sucesso, num exemplo do que pode vir a ser o novo empreendedor brasileiro disposto a se dedicar por um negócio e fazer sua independência.

Entrevistado no Programa do Jô e por Ana Maria Braga, hoje Erisvaldo diz vender cerca de 500 rosquinhas por dia, tem um ajudante e um espaço para a produção.

Um homem humilde e pé no chão, tem como seu próximo objetivo, aumentar seu leque de produtos e ampliar seu estabelecimento, para isso já dispõe de novos equipamentos e receitas.

Logo, logo teremos mais notícias desse nordestino. Que de forma simples e descontraída chamou a atenção do Brasil e se tornou um exemplo de determinação e força de vontade.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Ahhh, não estou sozinha!

As vezes fico pensando que preciso arrumar tempo pra atualizar o blog, e fico cheia de culpas. Pois sei que preciso me organizar pra fazer um monte de coisas, essas do tipo "não prioridades".
O problema é: O blog era pra ser prioridade, já que resolvi entrar no mundo da blogsfera pra voltar a escrever mais, enfim... já até pensei no texto que vou postar pra falar desse lance de "prioridades".

Mas hoje eu tava passeando e vi no blog da Simone Guimarães, que não estou sozinha!!

TEM QUE DAR PARA ATUALIZAR!
Tá difícil atualizar o blog. A falta de tempo prejudica muiiiito manter a periodicidade das postagens. Para piorar a Internet em casa nem sempre funciona. Comprei um modem da Claro e a velocidade é de uma tartaruga com as pernas quebradas. Bom vamos lá com noticias...


É Simone, você também não está! Abraços e obrigada!

terça-feira, 14 de julho de 2009

...

“Eu amava o amor e esperava-o sob arvores,virgem entre lírios. Não prevariquei.

Hoje percebo em que fogueira equivoca padeci meus tormentos.”


Adelia Prado, no livro O Pelicano e 1987.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Passando a limpo

Há mais ou menos uma semana, postei aqui sobre minha ausência e a falta de atualização do blog, e curiosamente, recebi um comentário um tanto hostil “feito” por um pseudônimo de Marileia Maciel. Até aí tudo bem, cada um tem o direito de expressar suas opiniões da maneira que achar melhor, e como estou no MEU blog, me dei o direito de responder “carinhosamente” ao comentário.

Da mesma forma, o Diniz, do BLOG do DINIZ SENA, meu digníssimo marido, achou que deveria também comentar em seu blog sobre a maneira como fomos recebidos por aqui em nossa volta.
Blá,blá, blás a parte tudo foi um monte de opinião rolando.


Mas hoje, para minha nossa surpresa recebemos um telefonema de Marileia Maciel, até então, autora do tal comentário de “ boas vindas” , dizendo que não foi ela quem o escreveu, e se desculpando pelo ocorrido, pedindo que identificássemos o IP da maquina de onde partiu tal comentário, pra confirmar se o post veio mesmo de seu computador. Caso isso tenha ocorrido, ela diz ter certeza da pessoa que escreveu em seu nome. E que se ela tiver como, vai divulgar o nome do “meliante “.


Bem gente, sem muitas delongas, nunca fomos amigas, nem inimigas. Mas muitas vezes trabalhamos em conjunto, trocando informações e até tarefas. E como profissionais que somos, passamos por cima de situações pessoais para executar de forma também profissional nossos trabalhos, que, cada uma em seu quadrado, fazemos muito bem.


Então, está aceito o pedido de desculpas, e espero que o COVARDE que se aproveitou de uma situação para me atacar seja descoberto. Para que eu tenha a quem me reportar para chamar de querido ou querida e convidar a me visitar com freqüência , e contribuir de maneira grandiosa com as matérias publicadas aqui e não de maneira vil como o fez.

Aproveito ainda para dizer que estou de volta ao Amapá de coração. Que trouxe minha filha pra ser criada aqui. E venho pra contribuir com as coisas que sei e principalmente pra aprender com o povo daqui. Meu coração não tem um Estado, tem pessoas que o habitam, independente de onde eu vá ou esteja.

Essa tal de lua

Que atravanca as idéias e mexe com a gente.
Uma hora é nova, noutra crescente,
noutra mingua o pensamento da gente
e de repente aparece, se dizendo cheia.

Ah essa tal de lua...

Que teima tanto em sair a rua
Catando os pedaços
Lambendo os dedos e depois os braços

Fazendo canções, lembrando emoções
Corriqueira, provoca e transborta no peito uma vida inteira

Ah essa lua,
Ah lua cheia!


Tati Costa

domingo, 5 de julho de 2009

Carta pra vô Dora e pro Vô Sergio

Vovó e Vovô, primeiro quero dizer que amo muito vocês dois, e que mesmo muito pequenina não esqueço de vocês, e logo, logo estarei aí com a mamãe e o papai.

Olha, ontem o papai descobriu meus primeiros dentinhos. Eles estão nascendo primeiro em baixo, às vezes incomoda, eu fico irritada e quero morder tudo. Tô até um pouco dengosa, mas vocês sabem, né? Quanto mais tem gente pra me “dengar”, mas charminho eu faço.

Tô aprendendo a bater palminhas quando cantam pra mim aquela musiquinha que eu escuto todo mês desde que nasci, acho que é assim... parabéns pra Talita, nessa data querida... nem, sei se é assim mesmo, porque toda hora eles cantam diferente.

Ah, o tempo ta passando e também to muito agarrada com a minha bábá pretinha. Ela me faz um monte de dengo, e nem quer sair de perto de mim, às vezes percebo que a mamãe fica com ciúmes, mas eu já disse nos olhos dela que ela é minha mãe querida e a Silvana é minha pretinha querida que cuida de mim, e eu gosto muito dela.

Vó, diz pra minha tia Geisa que eu tô esperando a minha prima Rebeca chegar pra gente brincar logo. Dá um cheirinho na barriga da titia e diz que fui eu que mandei, e se a minha priminha se mexer faz mais carinho, porque ela gostava quando eu tava aí no colo da minha tia.
Vô, vê se cuida da sua saúde e também cuida de vocês dois. Quando eu for aí o senhor vai poder tirar mais fotos no seu celular.

Bem eu vou ter que parar de escrever, porque a mamãe disse que vai colocar essa carta no blog , e também eu tenho que comer daqui a pouco.

Beijos vó, beijos vô! Ahhh, a mamãe comprou um mosquiteiro igual o meu pra ela, só pra eu dormir na cama dela quando eu acordo às cinco da manhã pedindo pra ir pra lá, rsrs!

Tchau, assinado Talita.